ginecologia
ANTICONCEPÇÃO HORMONAL - QUANDO ESTÁ CONTRAINDICADO?
A anticoncepção hormonal é eficaz, mas nem sempre indicada para todas as pessoas. Condições como hipertensão, histórico de trombose ou enxaqueca com aura podem ser contraindicações importantes. Informe-se e converse com seu ginecologista.
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Os anticoncepcionais hormonais são amplamente utilizados para o planejamento familiar e controle menstrual, oferecendo praticidade e eficácia. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente avaliado, especialmente em mulheres com condições de saúde específicas. A seguir, abordaremos as principais contraindicações para o uso de anticoncepcionais hormonais, com base em diretrizes clínicas e evidências científicas.
1. Doenças cardiovasculares e fatores de risco
Mulheres com histórico de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou trombose venosa profunda, devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais combinados, que contêm estrogênio. O estrogênio pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos, elevando a probabilidade de eventos tromboembólicos.
Além disso, mulheres com hipertensão arterial não controlada ou pressão arterial elevada (acima de 160/100 mmHg) também apresentam contraindicação para o uso desses anticoncepcionais. A hipertensão não controlada aumenta o risco de complicações cardiovasculares associadas ao uso de estrogênio.
O tabagismo, especialmente em mulheres com mais de 35 anos, é outro fator de risco significativo. A combinação de tabagismo e uso de anticoncepcionais hormonais aumenta substancialmente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
2. Distúrbios tromboembólicos
Mulheres com histórico de trombose venosa profunda, embolia pulmonar ou outras condições tromboembólicas não devem utilizar anticoncepcionais hormonais combinados. Esses anticoncepcionais podem aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos, o que é contraindicado em pacientes com predisposição a eventos tromboembólicos.
3. Distúrbios hormonais e tumores hormônio-dependentes
Mulheres com histórico de câncer de mama ou câncer hepático, especialmente os de natureza hormônio-dependente, devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais. O estrogênio presente nesses anticoncepcionais pode estimular o crescimento de células tumorais sensíveis a hormônios, aumentando o risco de recorrência ou desenvolvimento de novos tumores.
Além disso, mulheres com adenoma hepático ou cirrose hepática grave também têm contraindicação para o uso desses anticoncepcionais, devido ao risco de complicações hepáticas associadas à metabolização dos hormônios.
4. Doenças autoimunes e condições associadas
Mulheres com lúpus eritematoso sistêmico (LES), especialmente aquelas com anticorpos antifosfolípides, devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais combinados. O estrogênio pode aumentar o risco de eventos tromboembólicos em pacientes com LES, tornando o uso desses anticoncepcionais contraindicado.
5. Diabetes mellitus com complicações
Mulheres com diabetes mellitus de longa duração (mais de 20 anos) ou com complicações vasculares, como nefropatia, retinopatia ou neuropatia, devem ter cautela ao utilizar anticoncepcionais hormonais. O estrogênio pode afetar o metabolismo da glicose e aumentar o risco de complicações associadas ao diabetes.
Para essas pacientes, métodos contraceptivos não hormonais, como o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, podem ser opções mais seguras e eficazes.
6. Doenças hepáticas graves
Mulheres com doenças hepáticas graves, como hepatite viral aguda, cirrose descompensada ou neoplasias hepáticas, devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais. O fígado é responsável pela metabolização dos hormônios, e condições hepáticas graves podem comprometer esse processo, aumentando o risco de efeitos adversos.
7. Amamentação
Mulheres que estão amamentando e tiveram parto há menos de seis semanas devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais combinados. O estrogênio pode reduzir a produção de leite materno, comprometendo a amamentação.
Para essas mulheres, métodos contraceptivos não hormonais, como o DIU de cobre ou preservativos, são opções mais adequadas.
8. Interações medicamentosas
Certos medicamentos podem reduzir a eficácia dos anticoncepcionais hormonais ou ter sua ação afetada por eles. Medicamentos que induzem enzimas hepáticas, como rifampicina, fenitoína, carbamazepina, primidona, topiramato, oxcarbazepina e alguns antivirais, podem diminuir a eficácia dos anticoncepcionais hormonais.
Por outro lado, o uso de anticoncepcionais hormonais pode interferir na eficácia de medicamentos antiepilépticos, como a lamotrigina. Nesses casos, é fundamental avaliar alternativas contraceptivas que não interfiram no tratamento da condição subjacente.
9. Idade e obesidade
Mulheres com mais de 35 anos que fumam mais de 15 cigarros por dia apresentam contraindicação para o uso de anticoncepcionais hormonais combinados devido ao risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Além disso, mulheres com obesidade (índice de massa corporal superior a 30) devem ter cautela ao utilizar anticoncepcionais hormonais, pois o tecido adiposo pode alterar a metabolização dos anticoncepcionais hormonais.
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